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Novas Economias: 3 movimentos necessários para a sustentabilidade

Novas economias são movimentos que trazem uma nova visão de modelo econômico, mais viável e sustentável, diante dos diversos desafios sociais e ambientais que vivemos na atualidade.

Você já ouviu falar da expressão “as novas economias”? Elas são movimentos que trazem uma nova visão de modelo econômico, mais viável e sustentável, diante dos diversos desafios sociais e ambientais que vivemos na atualidade. Convidamos você para conhecer um pouco mais 3 desses movimentos: O Capitalismo Consciente, a Economia Circular e a Economia Donut.

O Capitalismo Consciente

O Capitalismo Consciente é um movimento global que nasceu nos Estados Unidos, com o objetivo de elevar a consciência das lideranças para práticas empresariais baseadas na geração de valor para todos os stakeholders, ou seja, seus públicos de relacionamento, como por exemplo a comunidade, os fornecedores ou mesmo os colaboradores. 

Esse valor compartilhado vai além do valor financeiro. Empresas que atuam alicerçadas nos pilares do Capitalismo Consciente – Propósito Maior, Cultura Consciente, Liderança Consciente e Orientação para Stakeholders – geram também valor intelectual, físico, ecológico, social, emocional, ético e até mesmo espiritual a todas as partes interessadas do negócio, sem prejuízo à geração de lucros a investidores e acionistas.

Esse novo jeito de construir negócios, que integra uma visão mais sistêmica e considera os impactos e resultados sociais, ambientais e econômicos, propõe uma relação mais equânime, de longa duração, formando um ecossistema de empresas que compreendem seu papel em relação às pessoas, à sociedade e ao planeta, no sentido de mitigar seus impactos, enquanto gera riqueza e bem-estar para todos. Um amplo e importante debate compõe este movimento, relacionando as práticas em sustentabilidade e a agenda ESG.

O Capitalismo Consciente tem o papel de mostrar que apenas os negócios conscientes geram riquezas e bem-estar para todas as partes envolvidas.

A Economia Circular

Outro movimento que faz parte das novas economias, é o intitulado Economia Circular, fundamentado por Ellen Macarthur Foundation, tendo como base três princípios, impulsionados pelo design: 

  • Elimine o desperdício e a poluição;
  • Circular produtos e materiais (em seu valor mais alto);
  • Natureza regenerada.

O modelo propõe um novo jeito de pensar produtos e serviços, uma revisão do sistema linear de extração, produção, consumo e descarte atual. Um fluxo linear instituído pela Revolução Industrial que trouxe evoluções importantes para a humanidade, mas também nos levou a uma relação insustentável com o meio ambiente. 

A ideia é que os produtos formem um ciclo completo, sendo reutilizados, restaurados ou renovados ao final. Ou seja, paramos de produzir novos resíduos e passamos a valorizar mais o recurso natural já usado e aplicado em algum produto. A visão da circularidade desdobra um cenário em que é possível prosperar econômica, social e ambientalmente, de maneira equilibrada e sustentável.

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A Economia Donut

Por fim, complementando a tríade das novas economias, apresentamos um conceito defendido pela economista Kate Raworth que conecta a prosperidade de um modelo econômico à sua capacidade de prover o mínimo necessário para o bem-estar social, sem extrapolar os limites ambientais, compreendendo que o capital deve estar a serviço e favorecer esse equilíbrio. 

Na Economia Donut as “fronteiras” sociais e planetárias são o novo enquadramento do desafio econômico. O nome “Donut” faz referência à estrutura visual de uma rosquinha. O orifício do meio representa os aspectos sociais para a manutenção de uma boa qualidade de vida, enquanto a borda é uma analogia aos limites planetários. 

O principal objetivo desse novo modelo é repensar e reformular os atuais modelos de desenvolvimento econômico, orientados exclusivamente pelos resultados financeiros. Segundo Kate, “uma economia saudável deve ser criada para prosperar, não crescer. Nada na natureza cresce para sempre.”  Na prática, uma economia verdadeiramente próspera deve combinar resultados sociais e ambientais na conta, com metas econômicas que atendam as necessidades humanas, sem comprometer o equilíbrio natural do planeta terra.

O que esses movimentos têm em comum?

Os três modelos apresentados são complementares, e buscam reorganizar a lógica de sociedade em uma visão mais viável e sustentável. Eles partem da compreensão da interdependência dos sistemas, ou seja, fica claro que a prosperidade da humanidade depende diretamente da capacidade de manutenção do meio ambiente em harmonia com o desenvolvimento econômico. 

As novas economias, mais do que conceitos, são caminhos possíveis para pessoas, países e empresas prosperarem. E aqui vale um destaque para os negócios, que desempenham um importante papel nessa jornada de transformação, pela sua ampla capacidade de acelerar essa transição do modelo linear, que concentra riquezas, reforça desigualdades, explora em excesso, polui e degrada o meio ambiente, para um modelo mais circular, que compartilha riquezas, regenera e respeita os limites ambientais.

Tudo e todos estão conectados!

Diante de todas essas reflexões, não resta dúvida de que somos partes de um grande ecossistema conectado! Não só virtualmente, mas conectado a uma inteligência coletiva, em uma grande casa comum: a Terra. Somos parte integral do meio ambiente! E isso não é papo místico, é fato. Além de uma composição corporal base que se assemelha a da Terra, nossa existência é altamente dependente do bem-estar da natureza, da sua capacidade de nos disponibilizar seus recursos. Quando nos distanciamos dessa consciência, enquanto pessoas e mesmo empresas, determinamos a escassez, fortalecemos desigualdades, e projetamos a ineficiência dos sistemas sociais e econômicos que criamos. Por isso, é fundamental que cada indivíduo amplie seu repertório em sustentabilidade e esteja envolvido nas transformações.

Por fim, vale destacar uma boa notícia: as novas economias já são realidade! Já vemos organizações conscientes despontando no mercado incluindo nas suas jornadas um olhar sistêmico, que considera os resultados e impactos ambientais e sociais na mesma conta dos números de vendas e faturamento. Uma nova forma de existir e coexistir está em movimento, é necessária e é possível!

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